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Conceitos básicos sobre os chakras

O termo chakra é originário do sânscrito e pode ser traduzido como roda.


Os conceitos apresentados aqui se baseiam principalmente na escola filosófica do Yoga, considerando que existem variações de acordo com a doutrina adotada.


Este artigo se limita a abordar os sete chakras e três canais energéticos principais, entretanto, a literatura cita de 32 a mais de 80 mil chackas e cerca de 72 mil canais de energia.


Considerando que o ser humano possui um envoltório sutil, o qual envolve e interpenetra o organismo, os chakras são como portas de entrada e saída da energia cósmica.

Os invólucros ou corpos sutis foram divididos em categorias para oferecer melhor entendimento ao nosso pensamento linear, mas estão integrados num todo que compõe o ser. Basicamente, temos o físico, o duplo etérico, o astral, o emocional e o mental.

Há ainda outras “camadas” que se referem a um grau ainda maior de sutileza, e a esta estrutura invisível se dá o nome de aura, psicossoma ou campo áurico.


A energia presente no espaço, que é aparentemente vazio, recebe muitas denominações: energia ou fluido cósmico, quintessência, plasma divino, éter, orgônio, glóbulos de vitalidade, ki (pronúncia “chi”) ou prana. A fonte dessa força é o próprio universo. Para o nosso planeta, a luz solar é imprescindível, pois se une ao fluido universal para proporcionar a vida.

Mais recentemente, o termo “vácuo quântico” aparece como um espaço preenchido por elementos invisíveis e precursores dos átomos. Um meio imperceptível com o potencial para a criação do mundo manifesto, similar ao conceito de “éter”, embora o termo não tenha sido reconhecido pela comunidade científica mais tradicional.

Este “sopro de vida” que permeia o espaço é absorvido através da respiração e dos chakras e se transforma em energia vital, fluido bioplasmático, prana ou ki. Esta energia é distribuída através dos canais de energia ou nadis, para seu devido processamento e aproveitamento no metabolismo.


Outra função dos chakras, além de veicular a energia, é a transmissão e processamento de informações, como uma antena decodificadora de sinais. As vibrações geradas por pensamentos e sentimentos trafegam pelo campo áurico, e são enviados à glândula pineal através das chakras.

Na fisiologia humana, os sinais recebidos pelos chakras trafegam pelos nadis em direção ao Sistema Nervoso Central (impulsos eletroquímicos) e ao Endócrino (impulsos bioquímicos). Ambos operam na condução das informações, seja através de terminações nervosas ou pela circulação sanguínea, levando estímulos a outras glândulas, órgãos e tecidos. Quando as informações são conduzidas ao córtex cerebral via tálamo, promove o conhecimento deste conteúdo vibracional, de acordo com a área envolvida.


Através deste corpo sutil, é possível acessar o registro akashico (relativo a akasha, que significa éter ou espaço): o conjunto de experiências das encarnações anteriores, bem como o conteúdo de todas as consciências, que permanece “gravado” no espaço.

Este conceito é semelhante ao “inconsciente coletivo” de Jung, e demonstra que há conteúdos interagindo no ambiente psíquico, a maioria destes atuando na esfera do inconsciente. Esta porção da mente está continuamente originando “causas” que disparam uma cadeia de “efeitos”, mesmo sem a deliberação da parte consciente.



Os sete chakras principais estão distribuídos ao longo do eixo da coluna vertebral e situados em pontos de entrecruzamento de fibras musculares, glândulas e plexos nervosos. São eles: Básico (Muladhara), Sexual (Swadhisthana), Umbilical (Manipura), Cardíaco (Anahata), Frontal (Ajña) e Coronário (Sahasrara), situados respectivamente na região do cóccix, órgãos reprodutivos (abaixo do umbigo), estômago e plexo solar (acima do umbigo), coração, laringe, sobrancelhas e topo da cabeça.

O Básico tem sua face voltada para baixo (Terra) e o Coronário tem sua face voltada para cima.

Os Chakras Sexual, Umbilical, Cardíaco e Frontal possuem duas faces, uma ventral e outra dorsal.

A configuração é semelhante a um cone, cujo vértice se encontra no canal virtual da coluna vertebral e com a circunferência voltada para fora, por toda a extensão do corpo sutil.

Eles foram percebidos pelos videntes da antiguidade, que atribuíram determinada quantidade de pétalas a cada um deles, pois se assemelhavam a uma flor girando com velocidade e intensidade.

Cada chakra possui uma característica, de acordo com a frequência e comprimento de onda, e disto resulta uma correspondência com o som e com as cores. De acordo com a filosofia hindu, cada chakra possui um yantra (imagem para contemplação) e um bijamantra (sílaba para entoação), que são práticas para harmonização e ascensão espiritual.

Uma vez que os chakras estão interconectados, o desequilíbrio de um único chakra interfere nos demais, por isso é importante cuidar do campo sutil, para a saúde e bem-estar geral.


Quanto aos canais de energia (nadi), são três os principais: Susumna (central), Ida (lunar, lado esquerdo do corpo, hemisfério cerebral direito) e Pingala (solar, lado direito do corpo, hemisfério cerebral esquerdo).

A configuração dos nadi é tal qual a do “Caduceu de Mercúrio”, sendo que na base se encontra a kundalini ou “fogo serpentino”. Esta é uma espécie de energia potencial que, uma vez desperta, se transforma em energia cinética e sobe pelo canal central virtual da coluna em direção ao topo da cabeça.

A ascensão da “kundalini” concede poderes (siddhi) e é a condição dos seres iluminados, entretanto, para tal aspiração é imprescindível o acompanhamento por um mestre.


O corpo humano, assim como o mundo ao redor, inicia sua formação do plano sutil para o denso. Desse modo, um corpo saudável é a manifestação de um campo astral, mental e emocional equilibrado e harmônico.



Observação: Aura e Campo Eletromagnético: ambos se referem a uma esfera sutil e invisível que envolve e interpenetra o corpo físico. O campo eletromagnético é um termo científico, baseado na atividade dos átomos. A aura se refere a uma abordagem espiritualista, e é observada através da percepção extrassensorial.

Por um período, acreditou-se que a fotografia Kirlian registrava a aura, porém ficou comprovado que as imagens obtidas pela técnica se referem ao resultado do movimento das células (ionização de gases exalados pelo corpo), de animais e vegetais, também obtendo imagens em placas metálicas.


Para quem desejar um estudo aprofundado, recomendamos iniciar com a obra clássica “Os Chakras”, de Leadbeater.


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