A história a seguir faz um paralelo com a mente humana e o uso da meditação mântrica para proporcionar tranquilidade e serenidade.
Certa vez, um homem recebeu a visita de um desconhecido, que lhe ofereceu um presente. Havia apenas uma condição: uma vez aceito, o presente não poderia ser devolvido. O homem concordou com o termo e ficou muito satisfeito ao descobrir que havia recebido um servo, com muitas habilidades e disposição para o trabalho.
No primeiro momento pensou que estaria definitivamente livre das tarefas cansativas, com tempo de sobra para se divertir e descansar. Assim, passou as instruções ao serviçal, que prontamente lhe atendeu.
Algum tempo depois, o mesmo retornou solicitando mais tarefas. O homem disse que não havia mais nada para fazer e o mandou descansar. Mas em menos de um minuto, o serviçal voltou e perguntou: - Senhor, tem trabalho para mim? E novamente, o senhor respondeu negativamente.
Após alguns segundos, lá estava o servo novamente: - E agora senhor, algum trabalho para mim? Já um pouco incomodado, pois estava tentando dormir, o homem disse: - Já disse que não tem mais trabalho,
vá descansar.
Obediente, o serviçal vinha, se retirava, mas logo voltava e isso aconteceu repetidas vezes, até que o senhor começou a perder sua paciência. Pensou em se livrar do servo, mas lembrou-se da condição: não havia devolução.
Depois de algum tempo, teve uma ideia que poderia ser a solução: O senhor chamou o servo, amarrou-lhe uma corda na cintura e o conduziu até uma árvore, onde amarrou a outra ponta da corda. Então passou a seguinte instrução: - Quero que você enrole a corda ao redor da árvore até o fim, e depois, desenrole tudo novamente. Vá repetindo isso e só pare para ir dormir. E assim, toda vez que o servo terminava as tarefas, o senhor lhe dava a mesma corda para enrolar e desenrolar, deixando ambos satisfeitos.
A mente é como o servo, e a repetição do mantra, o ato de enrolar e desenrolar a corda.
A longo prazo, a busca pela tranquilidade mental no mantra automatiza o mecanismo repetitivo. Através da dedicação e disciplina, a mente pode livrar-se do vício do pensamento e criar um novo caminho neuronal. E, assim como o servo, a mente obedece e se rende, proporcionando clareza e serenidade.